LOÏE. 16

Videodança e possíveis diálogos contra o Antropoceno/Capitaloceno

30 de April de 2025
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1. Antropoceno/Capitaloceno

Antropoceno é o termo empregado para nomear a era geológica na qual vivemos, em que nós humanos nos assumimos como os protagonistas do mundo. Segundo Natálio (2017), no termo Antropoceno temos “Antropo” se referindo ao ser humano, e “Ceno” à cena. O termo foi criado pelo ecólogo Eugene Stoermer e se tornou popular pelo químico atmosférico e ganhador do prêmio Nobel Paul Crutzen no ano 2000.

Em torno desse termo, há vários debates em que se reconhece a espécie humana como a principal agente causadora de desordens ambientais em nível global, tais como: aquecimento global, aumento descontrolado da emissão de gases, derretimento das geleiras, crises climáticas, extinção de animais, desmatamento, entre outras. Vários desastres ambientais que temos enfrentado são causados pela ação humana, e temos sido fortemente afetados, assim como outros seres, pelas destruições e impactos que temos deixado no meio ambiente.

Nessa pesquisa adoto o termo capitaloceno também, pois há pesquisadores, artistas ativistas ou artivistas (que enunciam ações de protesto político) que não se identificam e não concordam com o termo “antropoceno”, pois alegam que nem toda a raça humana poderia ser responsabilizada pelas catástrofes ambientais. Nesse sentido, Donna Haraway (2016) que é bióloga, filósofa e ativista propõe o termo Capitaloceno para substituir o Antropoceno, apontando o capitalismo como o sistema responsável pelos desastres ecológicos. Haraway (2016) também reconhece que o termo capitaloceno vai muito além de crises climáticas e ambientais, mas o termo traz para discussão a desigualdade econômica e social, onde os mais pobres e menos favorecidos, sendo humanos ou não humanos, são os que mais sofrem com as práticas ambientais do capitalismo.

As consequências da era antropoceno/capitaloceno pode nos trazer o sentimento de que não há mais retorno, de que devemos nos acomodar e aguardar o fim do mundo. Mas conforme já sugerido por Krenak (2020), ambientalista e imortal da Academia Brasileira de Letras, temos que ter a responsabilidade de mudar o mundo, onde no livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, ele sugere que adiemos o fim do mundo construindo um mundo melhor que possamos imaginar sobre as ruínas deste mundo. Assim, questiono como a videodança poderia dialogar contra o antropoceno/capitaloceno diagnosticando problemas e propondo soluções.

2. Videodança em coexistência e casa expandida

Vejo que a videodança pode dialogar contra o antropoceno a partir dos conceitos de coexistência e casa expandida.Primeiramente, a coexistência é um tema que vai de contramão ao antropoceno/capitaloceno, pois justamente, no antropoceno/capitaloceno há uma percepção equivocada de que humanos e natureza não estão em relação, onde não há coexistência entre humanos e não humanos, e assim, tudo o que não é humano pode ser explorado para benefício próprio. Ailton Krenak (2020) reconhece a coexistência entre humanos e não humanos, admitindo que não estamos sozinhos em espaços habitados, mas em relação com a natureza. Para ele, humano e natureza tem uma conexão íntima e familiar, e somos parte dessa natureza.

A videodança é um campo expândido em que traz a coexistência em sua essência. Ela só existe através das relações entre cinema, vídeo, dança, áudio e outras linguagens artísticas que podem agregar a esse campo. Assim, é através dessa coexistência que a videodança existe, onde somente a dança ou somente o vídeo não se sustentariam para a videodança acontecer. Dessa forma, ao contrário do antropoceno que reconhece somente o humano como o centro, a videodança reconhece a coexistência  e a necessidade da relação entre humanos e não humanos, sendo a câmera, por exemplo, um não humano. Quanto a isso, Latour (2012) que foi antropólogo, sociólogo, filósofo francês, além de ecologista político, também desenvolveu estudos de como estabelecer diálogos contra o antropoceno/capitaloceno através da coexistência, onde desenvolveu a ATAR-Teoria Ator Rede, afirmando com isso que, qualquer coisa que modifique uma situação fazendo diferença é um ator. Assim, Latour nos convoca a uma associação e indissociação entre teoria, metodologia e ética, “criticando análises socioantropológicas de matriz antropocênica, que tendem a invisibilizar elementos outros que não os humanos” (Almeida,et. al. 2022, p. 150).

Dessa forma, em sua essência a videodança traz um diálogo contra o antropoceno através da coexistência entre humanos, não humanos, espaço, áudio, vídeo, cinema, dança e outras linguagens que possam vir a agregar esse campo expandido. Conforme trazido por Theotônio (2022) na videodança há uma diversidade de elementos como corporais, sonoros e imagéticos, tanto na construção de suas narrativas como em sua expressividade, mas a apresentação final de uma videodança é em formato imagético. Então, as imagens trazidas na videodança, aliadas ao áudio, movimentos corporais tanto de humanos como de não humanos, podem se transformar em narrativas que possam desafiar outros modos de habitar o antropoceno/capitaloceno.

Além disso, esse campo virtual permite trazer questões amplas e políticas como o antropoceno/capitaloceno, fazendo-se questionar a nossa realidade a partir do virtual, assim como citado por Lévy: “Existe o virtual porque há o atual” (Lévy, 2007, p. 209) sendo a virtualização, um meio também para problematizar o nosso atual. Dessa forma, tanto o virtual quanto o real (atual) precisam um do outro e a videodança é um campo expandido que dialoga com o real e o virtual, podendo trazer questões reais para serem problematizadas no virtual, trazendo essa absorção das problemáticas pelo espectador.

Além disso, esse campo virtual é também uma casa expandida que conecta pessoas, trazendo outras realidades, outras estórias, outros corpos a partir da imaginação, pois quando Bachelard (2005) traz o pensamento: “O ser abrigado sensibiliza os limites do seu abrigo. Vive a casa em sua realidade e em sua virtualidade, através do pensamento e dos sonhos.” (Bachelard, 2005, p. 25). Ele traz o habitar a casa no real e no virtual onde nesse caso, ele traz a possibilidade de transcender os espaços geométricos de uma casa a partir do pensamento e dos sonhos, da imaginação.

Diante dessa expansão da noção de casa, leituras de Ailton Krenak me ajudaram a expandir mais ainda a noção de casa. Em seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo” por exemplo, Krenak (2020) fala de “casa comum”, um espaço onde todos humanos e não humanos compartilhamos e assim, o autor nos chama a atenção para o cuidado que devemos ter com esse espaço, expandindo assim a noção de casa, que vai muito além de um espaço arquitetônico individual ou para acomodar apenas alguns grupos de pessoas. Assim pensar a casa comum nos remete a responsabilidade, ética, respeito e amor e coexistência, porque nos remete a um grande espaço que abriga a todes, com todas as diferenças, palavras essas que soam divergente do que os conceitos de antropoceno/capitaloceno nos remetem.

Assim sendo, Krenak nos lembra que não podemos cruzar os braços, nos acomodarmos, pois a nossa casa expandida está sendo destruída. Desse modo, diante desse cenário, muitos são os artistas que tem se mobilizado de utilizar a arte contra o antropoceno/capitaloceno. Então,  me questiono como a videodança poderia estabelecer esse diálogo contra o antropoceno/capitaloceno a partir desses conceitos?

2.1. Análises das Videodanças

Para responder a essa pergunta, durante a minha pesquisa de mestrado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP como projeto de pesquisa, analiseias videodanças “Margo e Karvo[1]” e “Ábar[2]” da Mosaico Cia. de Dança Contemporânea. A intenção era analisar videodanças brasileiras que tivessem o intuito de tensionar o Antropoceno/Capitaloceno e daí, identificar as características principais de uma videodança que tenha o intuito de dialogar contra o antropoceno/capitaloceno.

A Mosaico Cia. De dança é uma cia. De dança contemporânea brasileira, vinculada ao Grupo de Pesquisa Transdisciplinar em Dança (CNPq/UFV) e ao Curso de Graduação em Dança (licenciatura e bacharelado), Departamento de Artes e Humanidades, da Universidade Federal de Viçosa/UFV.  A diretora artística é a professora Dra. Alba Pedreira Vieira, que também foi orientadora da minha pesquisa de mestrado. A Cia já realizou produções de videodanças apresentadas (a convite ou selecionadas), várias premiadas, em importantes eventos no Brasil  e no exterior e muitas delas tem o objetivo de propor um diálogo contra o antropoceno através da videodança.

A metodologia adotada para analisar os vídeos foi a metodologia da fenomenologia hermenêutica que foca nas experiências vividas pelo sujeito. A pesquisa seguiu uma análise descritiva e  interpretativa das obras analisadas, orientando-me pela forma como Vieira (2007) desenvolveu essa metodologia em sua pesquisa de doutorado, onde busquei revelar o que qualifica, ou seja, as características de um fenômeno. Pela análise interpretativa, fiz análise reflexiva e subjetiva do fenômeno estudado para extrair deles interpretações. É o que Vieira (2023) vai chamar de proposta “In-Ex-Corporada”, em que o “in” é subjetivo, ou seja, como eu vejo, como incorporo as duas obras, e o “ex” como eu as externalizo pela escrita reflexiva, ou seja, a  análise de tais trabalhos artísticos de forma reflexiva.

Primeiramente, nos dois vídeos a dança acontece em meio a natureza, onde tanto no vídeo “Ábar” como no “Karvo”, há a intenção de denunciar a natureza devastada pelas ações antropocênicas.Porém, destaco que videodanças em meio a natureza não precisam ser uma regra para dialogar contra o antropoceno/capitaloceno, assim como veremos, os conceitos de coexistência e casa expandida podem estar inseridos nas imagens, bem como em suas edições, áudios e não somente em relação ao ambiente.

No vídeo “Ábar”, por exemplo, há a denúncia a diminuição do volume de água da represa do Ribeirão São Bartolomeu, que abastece a cidade de Viçosa em Minas Gerais e a Universidade Federal de Viçosa, locais de moradia e de trabalho da performer, respectivamente, o que a fez querer se mover naquele local.

Humanos e não humanos. Represa do Rio São Bartolomeu. Printscreen.

 

No vídeo “Karvo”,  a gravação ocorre em região que havia sido incendiada criminalmente por pessoas alheias à comunidade Kalunga. Segundo Gouveia (2021), “Esse território, quando analisado, revela a dimensão conflituosa resultante do processo de disputa. Isto é, o embate mais acirrado na região da Chapada dos Veadeiros está relacionado, de um lado, à preservação da natureza, de outro à sua destruição.” (p. 95). Já em contraste, o vídeo “Margo” foi gravado nas margens e dentro das águas do rio Santa Bárbara e das cachoeiras Santa Bárbara e Santa Barbarinha-MG.  Segundo Vieira (2022), a intenção era apresentar os contrastes, onde no vídeo “Karvo” há o descaso com a natureza e no vídeo “Margo”, ainda há o cuidado, preservação da natureza.

Parte de “Karvo”. Printscreen.

 

Analisando os vídeos através da metodologia da fenomenologia hermenêutica, identifiquei algumas características principais de videodanças que dialogam contra o antropoceno, encontrando nessas características, as aproximações com os conceitos de coexistência e casa expandida, onde basicamente nos dois vídeos analisados foram encontrados o reconhecimento da coexistência entre humanos e não humanos, seja nos movimentos ou nas imagens, nos áudios, bem como a certificação de que uma videodança que pretende dialogar contra o antropoceno/capitaloceno pode não ter necessariamente um protagonismo humano, podendo ser de não humanos também, seja através dos movimentos de não humanos, ângulos de câmera ou através de áudios, ou até mesmo com a desconfiguração do ideal de humano.

2.1.1. Coexistência entre humanos e não humanos

Um dos exemplos de coexistência entre humanos e não humanos identificado no vídeo, foi no vídeo Margo e Karvo, quandoa performer Alba estáimersa na água. É possível observar ali a interação entre humano e não humano. Os movimentos da performer impactam no movimento da água e vice-versa, assim, podemos ver claramente como o espaço influência o corpo e a percepção de que quando a performer humana se move a água também se move junto com seus movimentos, onde um movimenta o outro, dessa forma, consigo perceber uma coexistência entre humano e não humano nessa cena, incluindo as luzes naturais do sol que refletem na água.

Parte de “Margo” filmada dentro da água. Printscreen.

 

Nessa coexistência entre corpo e espaço nessa casa expandida, encontro um potente diálogo contra o antropoceno/capitaloceno, pois há umaadaptação para coexistir e a inversão dos papeis, onde o corpo humano submerso na água demonstra o protagonismo do espaço sobre o humano. Assim como exposto por minha orientadora em alguns diálogos, a água não é o habitat natural do humano, portanto, submerso na água, o humano precisa se adaptar, respeitar as leis da gravidade. É possível observar no vídeo que a performer sobe várias vezes para a superfície da água para poder respirar, pois não temos o fôlego para ficar submerso por muito tempo nesse espaço, dessa forma, submerso em água o humano é obrigado a respeitar as leis do espaço para sobreviver. O mesmo acontece na superfície da terra, não precisamos sair para pegar fôlego, mas precisamos da coexistência entre humanos e não humanos para sobrevivermos. A cada desmatamento, queimadas, tiramos a vida de outras espécies e a nossa, que precisa do ar para sobreviver, precisamos das árvores, da mesma forma, precisamos respeitar as leis do universo para sobrevivermos. Infelizmente, a grande questão é a que o pensamento antropocênico não reconhece essa coexistência, de que convivemos nessa diversidade e também precisamos dessas relações para sobrevivermos. Dessa forma, uma maneira de a Arte dialogar contra o antropoceno é contra a separação, é através do hibridismo, da coexistência.

Nessa coexistência em casa expandida, também foi possível reconhecer que a dança pode vir de não humanos. Assim como Latour (2012) já havia reconhecido, não humanos podem atuar como atores e até mesmo como protagonistas da cena. Não humanos podem também se movimentar e dançar. Assim como no vídeo Margo, em que por várias vezes, há um protagonismo não humano, onde a câmera registra somente os movimentos da natureza, água, reflexo da luz, sem humanos em cena. 

Solo não humano em “Ábar”. Printscreen.

 

Nesse protagonismo de não humanos, a câmera, essa não humana também ganha papel decisivo e principal, de direção quando escolhe o que filmar, o que focar, dependendo do ângulo escolhido, sugere ao espectador, selecionar os protagonismos em cena, embora na verdade, estará sempre em coexistência, mas ângulos fechados selecionam o protagonista na cena, como na imagem acima, onde a câmera fez a escolha dramatúrgica de colocar a represa suja em um plano fechado. Além disso, é importante que esses protagonistas sejam não só de humanos, mas mais que humanos, ou outros corpos, outros seres, outras coisas. Isso traz uma crítica ao ideal humano que existe no pensamento antropocênico de que o humano é a única vida inteligente na terra, assim quando o corpo humano é desconfigurado em cena, imageticamente, construímos o oposto de um ideal humano. Krenak (2019) faz uma crítica a esse pensamento antropocênico de os humanos desejarem que o mundo seja a sua semelhança. ”Que humanos são esses e que exclusividade é essa de querer imprimir no planeta a sua própria imagem?” (Krenak, 2019, 99). Araujo, et.al (2023, p. 150) também faz essa crítica que tem influência no capitalismo, onde reflete sobre a grande dificuldade de nós ocidentais em enxergar o ordinário e o mundano como fantásticos e mágicos, onde costumamos enxergar apenas o progresso material e a realização individual coligados à situação econômica como sinônimos de  bem viver.

Assim, nas análises dos vídeos pesquisados encontrei imagens que destoam do ideal humano seja por edição do vídeo ou ângulos de câmera. Como por exemplo, no frame do vídeo Margo, quando a performer se mistura com a água, sua respiração em bolhas dentro da água, juntamente com a luz do sol refletida na água, me traz imagens ciborgues, uma mistura de corpo água, luz e humano, onde não sabemos onde um começa e onde o outro termina. Destaco que aqui utilizo o nome ciborgue como metáfora, mas não condiz com o pensamento de Harawaysobre ciborgue, me refiro aqui a um acoplamento de humano e não humano onde não ocorre na verdade, mas a imagem me traz um corpo humano desfigurado, apresentando partes humanas e não humanas, como um ciborgue. Esse corpo humano desfigurado é uma potente ferramenta para dialogar contra o antropoceno. Para Manning (2019), seguindo o pensamento do Winter, isso pode ser uma  descolonização humana, pois o colonialismo traz uma figura exclusiva do humano, não só para o colonialismo para como referência ao capital, sendo assim “poderíamos ver o ato de nos voltar contra a figura do humano como um gesto descolonial.” (Manning, 2019, p. 14). Segundo ele, isso não deve ser feito aos modos coloniais e sugere para isso escutar os povos indígenas, “encontrar a terra como um aspecto vivo de modos mais-do-que-humanos de devir” (ibd.).

Assim, a coexistência na videodança é um ato decolonial, encontrando meios de através da imagem, descontruir a figura humana como colonizadora, a relação com humanos e não humanos, onde na dança com a tecnologia nos tornamos mais que-humanos, corpos híbridos, assim como também sugerido pela antropóloga Tsing (2019) que propõe uma habitabilidade mais-que-humana, a partir da percepção entre as possibilidades de conexões entre humanos e não humanos, promovendo encontros multiespécies, pois assim como apontado por Ponty (2003) ao entrarmos em contato com o mundo, já não somos os mesmos, somos revestidos e revestimos este.

Corpo da performer embaixo da água. Corpo Ciborgue? Printscreen.

 

Por fim, destaco que durante a pesquisa, encontrei não somente imagens, mas a coexistência entre sons de humanos e não humanos. Reitero que essas qualidades não são apresentadas como receitas de bolo a serem seguidas nesse tipo de trabalho, mesmo porque, na pesquisa foram analisadas apenas duas videodanças datadas de 2015, onde o conceito de capitaloceno ainda não estava sendo tão discutido no Brasil como acontece na atualidade, mas de alguma forma, essas videodanças tem a intenção de dialogar contra o antropoceno e sinalizam aspectos que podem ser importantes a serem considerados em trabalhos artísticos futuros sobre a temática. Enfatizo que essa pesquisa buscou ser uma contribuição inicial para a área, pois ainda há muito o que ser estudado, refletido e pesquisado sobre os possíveis diálogos entre videodança e antropoceno/capitaloceno.

 

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Referências bibliográficas

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________________. The nature of pedagogical quality in higher dance education.2007.300 f. Tese (PhD. em Dança). Temple University Philadelphia. Philadelphia, 2007. Disponivel em: <https://www.academia.edu/28287828/The_Nature_of_Pedagogical_Quality_in_Higher_Dance_Education>. Acesso em: 02 out. 2024.

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Notas

[1]https://youtu.be/nDp8Zxal-mQ

[2]https://www.youtube.com/watch?v=MYcXQJABrHQ

 

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Paula Matthews

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